sexta-feira

Como fazer seu projeto cultural dar certo - literatura


Aqui, enrolada em editais de literatura, circulação, difusão, publicação, edição e coisa e tal, a dúvida: o que é preciso conter um projeto cultural? E a literatura, como fica no meio disso tudo?

Aqui, enrolada com a Funarte e o Proac, editais que aprendi a dar conta apenas depois que resolvi escrever, e viver de escrever. Hein? É. Sem mais comentários sobre.

Aqui, navegando pela internet, apanhado de manuais, vamos lá, arriscar e coisa e tal. Nos encontraremos em algum edital por aí? Com certeza! E será um prazer.

Ah sim, pois não, se você tiver alguma dica, é só usar os comentários para fazer o seu. E vamos simbora!


ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAISEstrutura básica (montagem e captação de recursos)

Deve sempre considerar a função e o objetivo da materialização do mesmo:

• a quem se destina ?
• quem fará sua leitura?
• quais seus objetivos?


DADOS GERAIS

Apresentação: o projeto deve ser montado de forma organizada, lógica, bem diagramado, com o máximo de informações visuais (gráficos, fotos, etc.) e principalmente limpo. [Essa parte de informações visuais eu acho interessante, ainda não me habituei, já que o currículo acadêmico, aquele da Plataforma Lattes requer outros princípios. Quanto à estética, ok! Todo mundo sabe que uma informação bem apresentada faz toda a diferença!]

Linguagem: deve ser acessível de modo a evitar textos rebuscados, repletos de adjetivos e informações subjetivas. O texto deve ser claro, conciso, objetivo e direto. [Metáforas e Figuras de Linguagens e Metonímias apenas no material stricto da coisa: aquela literatura que vai anexa aos projetos como exemplo. Não sei se concordo muito com isso, parece que é mais criativo escrever um projeto com capacidade linguística igualmente criativo, mas talvez os proponentes tenham exagerado e coisa e tal, e para a avaliação ficar mais democrática e coisa e tal seja mesmo necessário uma linguagem simples e concisa. Talvez, não sei. O que você acha?]

Informações: devem ser quantificadas e precisas, principalmente a respeito do público a ser atingido pelo projeto, já que são informações que interessam em demasia aos futuros patrocinadores. [Em resumo: escrever de acordo com o edital. Não adianta nada mandar um projeto de crônicas para um processo seletivo de contos. É! Mas vale arriscar, vais que...]

Leis de Incentivo: deve-se sempre seguir as orientações e especificações básicas de cada uma das leis. [Óbvio!]



PARTES DE UM PROJETO CULTURAL

A disposição e organização de cada uma das partes de um projeto cultural variam de acordo com o direcionamento. O destaque e a ênfase de uma ou outra informação também vão depender desta função do projeto.

[Atenção: nem todos os itens abaixo representam todos os itens obrigatórios de um projeto cultural. Lembre-se de escolher os itens determinados pelo edital! O Excesso de informações pode ser prejudicial!]


I. Capa

• Identificação do Projeto (título e área)
• Identificação do Proponente (nome)
Título: escolher um bom nome é importante para transmitir a idéia central do projeto, e de forma mais rápida. Além de dar uma idéia concisa e clara da sua proposta, um nome sucinto e objetivo facilita a compreensão e ajuda a atingir os objetivos com mais eficiência.


II. Apresentação / Introdução / Descrição (o quê)Descrição breve e clara do objeto que se pretende desenvolver, incluindo os temas abordados e seus desdobramentos. Pode ser uma ação, uma atividade ou um produto cultural.

• O que é o projeto?
• Qual sua missão? Qual seu objetivo geral? (Listar os principais objetivos)
• Qual seu histórico e contexto (como surgiu a idéia, qual a importância)?
• Quem são os principais envolvidos e quais suas funções?
• Qual será o formato final e quais os resultados esperados?
(dados concretos, para analise das dimensões e potencial do projeto)
• Qual é o público alvo?
• Quando e onde será realizado?
• Qual será o valor total do investimento solicitado?

A apresentação é uma das partes mais importantes na elaboração do projeto. É por meio dela que as comissões de seleção poderão entender – de forma rápida e objetiva – a proposta integral do projeto. Seja claro e objetivo, incluindo apenas as informações essenciais ao seu entendimento.

O projeto deve transmitir segurança no conhecimento sobre o tema, autoconfiança, talvez um toque de entusiasmo, mas não promessas extravagantes! Deve conter a exposição clara, de maneira encadeada e cronológica do projeto.

Concentre-se em descrever o conteúdo específico do projeto, evitando dissertar sobre as referências teóricas e conceituais que lhe dão suporte.

É uma síntese. Comece com um histórico do objeto, descrevendo como surgiu a idéia de realizá-lo, qual sua importância e seus principais objetivos, o número de pessoas envolvidas, a qual público ele se destina e, finalmente, em que período e local ocorrerá.


III. Objetivos
Descrever de forma clara O Quê se pretende fazer, bem como indicação dos resultados que se pretende atingir, dos produtos finais a serem elaborados e os benefícios da ação ou atividade cultural, se possível a curto, médio e longo prazo. Os objetivos devem ser formulados visando especificar aquilo que se quer atingir a partir da realização do projeto, apresentando soluções para uma demanda ou respondendo a uma oportunidade.

• O que se pretende com o projeto?
• Para que foi pensado e proposto?
• Que impacto se pretende causar com este projeto?
• Que ações se pretende realizar para alcançar este impacto?
• Quais são os benefícios culturais, sociais e econômicos derivados do projeto?
• Qual a influência e a intervenção na formação cultural?

Destacar a contribuição cultural e social que o projeto pode exercer em relação à comunidade, à área de inserção, etc.

Adequar os objetivos do projeto às exigências estabelecidas no regulamento do patrocinador.

Caso o projeto tenha mais de um objetivo, mencionar todos. (Faça um pequeno parágrafo com o objetivo geral e organize em tópicos os específicos. Os objetivos devem iniciar com um verbo, ser claros e sucintos.)

[Eu tinha um professor que dizia: os objetivos de qualquer projeto iniciam-se com verbos: realizar, apresentar, representar, auxiliar, editar, aproximar, relatar, etc, etc, etc]


IV. Justificativa (porque)
Explicitar a importância do projeto e as motivações que o levaram a apresentá-lo, observando os critérios de avaliação previstos no edital, quando houver. Apresentação e explicação das razões e motivações para a realização do projeto, considerando:

• Motivo da demanda por recursos públicos;
• As suas contribuições para o desenvolvimento da área de criação do objeto;
• A criatividade, pioneirismo e ineditismo;
• A importância deste projeto no conjunto da obra do candidato.
• Em que contexto se insere? E qual sua importância dentro desse contexto?
• Por que foi pensado e proposto? Por que a iniciativa de realizar o projeto?
• Qual o diferencial do projeto? (ineditismo, pioneirismo, resgate histórico, etc.)
• Que circunstâncias favorecem sua execução?
• Como o projeto atende aos critérios de seleção e qualificação estabelecidos pelo patrocinador?
• Quais as contribuições para o desenvolvimento cultural do público ao qual se destina ou da localidade/região na qual se insere?
• Qual a experiência do proponente?
• Já foram desenvolvidas outras ações para este público pelo proponente?

Atributos: enfatizar os principais atributos do projeto, lembrando que ele deve ser justificado culturalmente, como criatividade, contemporaneidade, tradição, irreverência, popularidade, entre outros.

Relevância Cultural: há projetos em que é necessário estabelecer uma relevância cultural, ou seja, seu valor simbólico, histórico e cultural e as manifestações artísticas e culturais envolvidas. Além disso é preciso evidencias os benefícios gerados pelas ações sugeridas, a partir do alcance visado e da área de atuação da proposta.

Em caso de projetos em que se atinja a uma população em específico, é importante esclarecer que o projeto responde a uma determinada demanda percebida e identificada por você através de diagnósticos ou pesquisas sobre a região e/ou comunidade em questão.


V. Sinopse / Release / Mecânica de Funcionamento / Produto (como)
Apresentação concisa do conteúdo da proposta cultural apresentada.

• O produtor deve sempre explicar sucintamente o conceito central do projeto e seu mecanismo de funcionamento. É o momento de dizer o que é o projeto e como vai funcionar: duração, conteúdo, forma de produção e produto final.

Descrição técnica da obra: Descrever estilo narrativo a ser empregado, o número previsto de páginas, utilização de ilustrações, divisão em capítulos e demais características técnicas da criação.


VI. Público Alvo (quem)
Identificação do(s) público(s) ao qual o projeto se destina, presumindo, sempre que possível, uma quantidade direta e indireta do público a ser atingido.

• Para quem o projeto foi pensado e proposto?
• Quais são as características (perfil) do público que pretende atingir?
(condições de vida, escolaridade, idade, gênero, classe social, localização geográfica, área de atuação, etc)
• Qual a estimativa de público?

Sempre que possível, faça uma estimativa da quantidade direta e indireta do público a ser atingido.

Aspectos que podem auxiliar na definição do público:
* onde o projeto será desenvolvido,
* a linguagem a que se refere (artes visuais, literatura, dança, musica, teatro, etc),
* qual sua proposta (experimental, popular, massiva, erudita, etc),
* entre outros.

Se o proponente conhecer seu público pode ainda detalhar aspectos como faixa etária, área de atuação, condições de vida, etc.

As características do projeto ou mesmo a trajetória do proponente podem já ter ou indicar um determinado público, que já possua um envolvimento com a ação ou atividade cultural proposta ou, ao contrário, a desconheça ou não tenha acesso e possa dela se beneficiar de alguma forma.


VII. Resultados Previstos / Metas a AtingirApresentação dos resultados a serem atingidos pelo projeto e os benefícios produzidos a partir de sua realização.

• Quais serão as metas para cada um dos objetivos?
• Quais são os benefícios culturais, sociais e econômicos?
• Quais os resultados finais do projeto?

Os resultados devem ser mensuráveis e revelar o alcance dos objetivos específicos. Por exemplo: publicação com textos apresentados em palestras ou seminários, DVD com edição dos saraus realizados, etc.

Se possível apresentar dados quantitativos, como: tiragem, número de espetáculos ou mostras, público atingido, cidades abrangidas, etc.

Como fazer: Volte ao item “objetivos” e tente traduzi-lo em resultados práticos ou produtos, que possam ser vistos ou experimentados. Busque resultados para cada objetivo específico, analisando os que, de fato, são viáveis de se concretizarem.


VIII. Estratégias de Ação (Memorial Descritivo)
Refere-se ao detalhamento das etapas de trabalho. Enumerar e descrever as atividades necessárias para atingir o(s) objetivo(s) desejado(s) e explicar como se pretende desenvolvê-las.

• Qual a programação do projeto?
• Como ele será realizado? Existem etapas distintas? Quais?
• Quem são os responsáveis por cada etapa? Que atividades desenvolverão?

Como fazer: Para elaborar a estratégia de ação volte aos itens “objetivos” e “resultados previstos” e liste todas as atividades que serão necessárias para atingi-los. Ordene as ações por etapas de realização e preveja o tempo de duração de cada uma. Liste também os serviços a serem desenvolvidos em cada etapa.

Muita atenção: A estratégia de ação do projeto deve ser coerente com os itens “orçamento” e “cronograma”. Ela demonstra a capacidade de administração do proponente, bem como a proximidade que o proponente possui com a linguagem do projeto e a produção cultural.

• Demonstrar a capacidade do proponente em viabilizar o projeto;
• Incluir relação de livros publicados e propostas culturais desenvolvidas pelo proponente;
• Detalhar os objetivos e mostrar claramente as etapas da realização;
• Prever o tempo de duração de cada etapa;
• Relacionar e descrever as parcerias (institucionais: órgãos públicos, fundações e instituições; promocionais: veículos de comunicação associados; e empresariais: apoio e colaboração em recursos humanos, materiais ou financeiros);
• Demonstrar coerência com o orçamento; e
• Destacar as ações que não serão subsidiadas pelo edital, mas que são importantes na compreensão geral do projeto. Neste caso é necessário indicar como essas ações serão custeadas, em coluna específica do orçamento físico-financeiro.


IX. Plano de Distribuição dos Produtos Culturais
• Indicar tiragem, número de ingressos e/ou o público estimado.
• Informar se os produtos serão comercializados e/ou se haverá distribuição gratuita.

Em caso de distribuição gratuita informar os beneficiados, indicar o percentual de distribuição comercial (discriminar a quantidade e o valor pretendido), o percentual de distribuição gratuita (discriminar a quantidade e a destinação), o percentual para o patrocinador (até 10%) e editora (no caso de publicação), etc.

Em alguns editais e leis de incentivo, a instância financiadora solicita que 20% do produto seja distribuído de maneira gratuita, neste caso o proponente também deve listar quais entidades são beneficiadas, como bibliotecas, escolas públicas, videotecas, etc.


X. Planos de Acesso, Divulgação e ComunicaçãoEspecificar a forma de divulgação do projeto e seu plano de mídia.

• De que forma será divulgado ou desenvolvido o trabalho de assessoria de imprensa?
• Quantos cartazes, folders, outdoors e outros instrumentos de comunicação serão utilizados?
• Quais produtos poderão ser disponibilizados ao final do projeto: livros, fotos, gravações, textos, etc.

*Indicar as ações e os materiais de divulgação do projeto, com suas respectivas especificações e quantidades.

* Material Gráfico (cartazes, convites, programas, filipetas, faixas, banners)
* Ações promocionais
* Release (dados informativos sobre o evento, local, dia, horário, contatos)
* Arte final para material gráfico


• Indicar em quais veículos de comunicação o projeto será divulgado.

* Mídia Impressa (jornais, revistas, boletins)
* Mídia Digital (sites, blogs, podcasts, etc)
* Mídia Radiofônica (quais rádios)
* Mídia Televisiva


Em outras palavras, o plano irá apresentar a publicidade, marketing e assessoria de imprensa do projeto. É possível formular um plano de comunicação alternativo, mais barato e eficiente se o proponente conhecer o seu público.


XI - Contrapartidas / Retornos para o patrocinadorIndicação de atividades culturais a serem realizadas como contrapartida ou do impacto social do projeto.

• Quais são as atividades de contrapartida?
• Como serão realizadas?
• Quando e onde?

As contrapartidas podem ser:

Institucionais: formas de aplicação das logomarcas dos parceiros nos materiais de divulgação, compromisso de mencionar as parcerias nos materiais de divulgação para imprensa e entrevistas concedidas.

Estruturais: iniciativas de impacto social, de formação de público e reflexão. Exemplo: capacitação de jovens para a produção cultural, geração de oportunidade de trabalho para comunidades de baixa renda, etc.

Compensatórias: iniciativas que promovam a democratização do acesso aos bens culturais resultantes do projeto. Exemplo: permitir acesso gratuito ou a preços populares para o público, portadores de necessidades especiais, portadores de doenças crônicas graves, idosos, estudantes de escolas públicas.

• Proponha ações ou atividades que estimulem a participação do público no projeto, seja de formação ou de intercâmbio, e que tenham resultados mensuráveis.

• Indique de maneira clara quais os benefícios que receberão os patrocinadores e apoiadores.
(Às vezes a publicidade, a divulgação e a associação da marca do patrocinador não são os únicos benefícios, poderá oferecer como contrapartida parte do produto cultural, no caso de livros, CDs, ingressos etc. outro beneficio pode ser a integração de clientes do patrocinador ao projeto cultural, através da realização de cursos, palestras, oficinas ou a cessão de vagas para a realização destas atividades dentro do projeto.)

Muita atenção: Toda ação ou atividade cultural se insere em um contexto econômico, social e político. Por esta razão, o proponente deverá pensar em como atuar neste contexto, tendo como princípio o compromisso cidadão. As atividades culturais indicadas devem estar articuladas com as diretrizes da política cultural da instituição em que o projeto será inscrito.


XII – Patrocínio ou Apoio cultural / Cotas / PermutaDiscutir a inserção do logo do patrocinador, não esquecendo que cabe ao patrocinador lugar de destaque em qualquer que seja a peça produzida.

Plano de Cotas: quando o proponente estiver adaptando o seu projeto para a captação de recursos, deverá indicar cotas de patrocínio para que a empresa possa escolher. As cotas são níveis hierárquicos de parcerias: patrocínio, co-patrocínio, apoio, promoção, colaboração, etc. Para cada cota determine um custo e uma divulgação da marca diferenciados.


XIII. Material Utilizado / Previsto
Especificação de toda a estrutura material necessária, relacionando os equipamentos indispensáveis para a execução do projeto.

• Utilize valores e orçamento razoáveis e dentro da realidade.
• Não supre-valorize seu projeto, isto pode tirar a credibilidade de sua proposta.

Aqui também pode haver uma fusão com o quesito custos, ou não, dependendo da intenção. É importante distinguir o material de consumo (que é usado sem volta durante o projeto – exemplo energia elétrica, papel, etc) do material permanente (de uso continuado após o final do projeto – ex: instrumentos musicais), a forma de obtenção de cada material e destinação após o final do projeto.

Também o cálculo do trabalho dos assim chamados recursos humanos: artistas, colaboradores, pessoal técnico, pessoal administrativo etc. calcular o tempo de contrato e a quantia a ser recebida – salário, complementação salarial, etc.


XIV. Organização / Ficha TécnicaNúmero de profissionais envolvidos e respectivas funções.

Nomes dos responsáveis por cada fase/etapa do projeto, implementação das diretrizes estruturais, divulgação, coordenação e documentação necessária.


XV. Dados sobre o(s) Proponente(s)É muito importante encontrar no próprio texto do projeto os dados de identificação de seu autor. Além de servir para facilitar a identificação do próprio projeto, o simples fato de se poder achar um nome de referencia facilitará também o contato daqueles que, ao manusearem o projeto, tiverem interesse em aproveitá-lo, discuti-lo ou mesmo levá-lo adiante.

Currículo: resumido do proponente e dos principais envolvidos no projeto, com ênfase na área cultural. É interessante ressaltar a experiência do proponente em temas relacionados aos editais, quando for o caso.


XVI. Cronograma / EtapasO cronograma situa no tempo as ações ou procedimentos necessários para a realização do projeto. Deve ser apresentado em forma de tabela, por itens e não em texto.

• Em que período as ações/etapas do projeto serão realizadas?
• Quanto tempo durará cada etapa?

Como fazer: O cronograma é conseqüência da “estratégia de ação”. Desenhe uma tabela contendo as etapas do projeto e seu período de execução (semana, quinzena ou mês). O cronograma geralmente é dividido em pré-produção (ou preparação), produção e pós-produção, que significam, respectivamente, o momento prévio da execução do projeto, a sua execução de fato e o momento posterior.

Enumeração e detalhamento das etapas previstas para a execução da obra, como, por exemplo, pesquisas históricas, levantamentos bibliográficos, elaboração de capítulos, revisão de texto entre outras etapas que o candidato julgar necessárias.

Muita atenção: Algumas ações são comuns a vários projetos, como: reserva do local de realização do projeto, impressão das peças gráficas, divulgação, inscrições, ensaios, montagem, estréia, pagamento de serviços e profissionais, prestação de contas, entre outros. Em algumas ocasiões os editais e mecanismos de financiamento indicam um período de execução, o que significa que não se pode propor um cronograma que o extrapole.

Previsão de duração do projeto: Informar a data prevista para início e término do projeto, considerando todas as suas etapas.

* Procure detalhar as formas de desenvolvimento no transcorrer do projeto, metodologia utilizada e prazos necessários para sua realização. Quando será realizada cada uma das atividades pretendidas. Deve-se calcular o tempo que vai ser gasto em cada etapa do projeto, incluindo-se o tempo gasto na aquisição material necessário ao desenvolvimento do projeto.

* Seja realista ao estabelecer prazos e ao definir seu cronograma de trabalho. Os projetos culturais costumam ser elaborados e apresentados com muita antecedência. O prazo ideal para realização de um projeto é de seis meses, dependendo de sua amplitude. Projetos de pequeno porte também precisam de no mínimo três meses de antecedência para sua captação de recursos e execução.


XVII. Orçamento Físico-FinanceiroIndicação dos recursos financeiros necessários para execução do projeto, com valores unitários e totais.

• Qual o custo de cada etapa do cronograma?
• Quais valores unitários e totais?
• Quais são as fontes previstas?
• Quanto será solicitado a cada fonte?
• Qual o valor total do projeto?

Como fazer: O orçamento também deve ser apresentado em forma de tabela, por itens e não em texto. Sugere-se que o orçamento pelo menos indique: item, valor unitário, quantidade e valor total. O valor total do projeto é a multiplicação de todos os itens anteriores. Remeta-se às ações indicadas no cronograma e veja quais gastos estão implícitos em cada uma delas. Geralmente os projetos prevêem recursos para: pessoal e serviços; infra-estrutura e montagem; material de consumo; material gráfico; custos administrativos; comunicação e divulgação; impostos e taxas.

Muita atenção: A maioria dos editais possui uma cota limite de financiamento. Caso o projeto extrapole o valor determinado, deverá comprovar a existência de outras fontes de financiamento. Neste caso, divida os totais em valor solicitado ao edital e valor total do projeto.

• Listar todos os itens;
• Dependendo do tipo de projeto serão necessários três orçamentos.
• Incluir um cabeçalho com o Título do projeto e outros dados relevantes (nome do proponente) na parte superior da planilha do orçamento físico-financeiro.
• Procurar ter rigor nas cotações, fornecendo sempre custos coerentes aos do mercado.
• Refletir e detalhar o valor solicitado, considerando as etapas de trabalho descritas na estratégia de ação, assim como indicar os recursos provenientes de outras entidades (se houver), considerando a incidência de todas as tributações previstas em lei, inclusive as trabalhistas e de direitos autorais.

Observações gerais:

• Os custos de divulgação/comercialização do projeto não poderão ultrapassar 20% do valor total do projeto.
• Os custos administrativos do projeto não poderão ultrapassar 15% do valor total do projeto, independente do fato de uma parte ou todos os serviços serem terceirizados.
• Os impostos incidentes sobre pagamento de serviços, mediante recibo, somente deverão constar do orçamento, quando os mesmos forem recolhidos pelo proponente. Neste caso, os valores dos recolhimentos deverão ser especificados nos campos próprios da planilha.


XVIII. Avaliação dos resultadosApresentação de indicadores para avaliação do projeto.

• O que precisa ser avaliado?
• Como pode ser avaliado?
• Como será apresentada esta avaliação? E para quem?

Como fazer: Volte ao item “resultados previstos” e tente identificar que ações auxiliam para checar os resultados. Pode ser através de questionários de pesquisa de público, de clipagens de materiais de imprensa, de entrevistas, da quantidade de ingressos ou produtos vendidos, etc.

Muita atenção: Os indicadores servem para comparar os “resultados previstos” com os resultados reais do projeto e permitem avaliar se o projeto foi bem sucedido. Eles podem ser quantitativos: número de participantes, espetáculos, beneficiados, etc; ou qualitativos: análise da divulgação, da satisfação do público e da verba total do projeto.


XIX. Estimativa de arrecadaçãoMultiplique o valor unitário do ingresso ou produto cultural pela quantidade pessoas poderão adquiri-lo – esta estimativa pode ser feita, por exemplo, a partir do número de lugares do local onde será realizado o projeto.


XX. Ficha técnica ou créditosDireção, Produção, Realização, Coordenação, etc.


XXI. Carta(s) de anuênciaComprova a participação dos profissionais envolvidos indicados na ficha técnica.


XXII. Material gráficoFolders, matérias de jornal, dvd’s, entre outros materiais que indiquem outros projetos do proponente.


XXI. Contatos
Nome dos responsáveis, telefones, e-mails, etc.


[Observação Final: Geralmente é de bom tom, em um projeto de literatura, colocar em anexo textos de própria autoria, a menos que o edital declare sua posição contrária. Também é importante observar o limite de páginas para esse fim. Nossa sugestão fica entre 5 a 10 laudas, dependendo do projeto, do edital e coisa e tal.]
Guias para a Elaboração de Projetos Culturais


* Para elaboração desse documento foram consultados os seguintes sites:
- Funarte (Fundação Nacional de Artes)
- Proac (Programa de Ação Cultural)
- Fundação Cultural do Estado da Bahia (Orientações para elaboração de projetos culturais)
- Prefeitura de Santo André (Elaboração de projetos culturais)
- Blog Elaborar Projeto Cultural (http://elaborarprojetocultural.blogspot.com/)
- Associação Brasileira de Captadores de Recursos (Guias auxiliam em elaboração de projetos)



Premio UBE


Há vários mundos dentro daquilo que se chama literatura. É que a sociedade se constitui assim mesmo, com seus guetos, pelos semelhantes, através das identificações, e também pelo oposto disso tudo, as diferenças, as distâncias, por aqueles que não têm tampas. Existe o conservador e o rebelde (literatura marginal?), o clássico e o moderno (contos de uma frase ou aforismos que valem um conto?), o sério e o irreverente (a crônica como gênero menor?), o mundo e o sub-mundo (literatura pulp feita de papel para os enjeitados?) e por aí adiante, o mundo acadêmico das letras, e sua gente (eu no dentro?).

Uma cerimônia feita em antítese. De um lado os premiados já com livros publicados. De outro, os autores de livros inéditos. O patrocínio da Petrobrás ainda estou esperando, já que custeei minha própria viagem, sem ajuda, sem nada, apenas com aquele banner estendido ao lado da mesa principal no auditório oficial. Perdi alguma coisa? Talvez. O garoto do Piauí foi com gosto, meio às pressas, confortavelmente, pertencia ao time dos com livros já publicados, aqueles escolhidos pela comissão julgadora sem conhecimento prévio dos autores, grana da Petrobrás? Só se foi para estes, não pude apurar, mas é fato que o dinheiro foi para alguém diferente dos inéditos. Nesta linha mais fraca, muitos de fora nem chegaram a ir, deixando os residentes do Rio de Janeiro a promessa da festa e aquele almoço por adesão no dia seguinte.

Está certo que existe uma putisse minha em relação ao prêmio. Primeiro pela falta de contato com a gente da organização. Recebi apenas um único telefonema, informando minha colocação, o provável dia da condecoração e aquele tom suspeito no ar: olha, minha querida, parabéns, vire-se para chegar ao Rio de Janeiro, já lhe disse o dia, anota o auditório. Da suspeita veio a certeza na medida em que, ao vasculhar a internet, nenhum telefone de contato com a União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro. A convicção do dane-se você, queridinha, veio com o telefonema para a sede de São Paulo, olha meu bem, lá não tem telefone, comunicamo-nos (no bom portugês) por email com o presidente. Passou o email, mas sempre voltava, como se os amarelinhos dos correios pudessem me dizer: foi e voltou, moça. Aham! Caixa postal cheia? Não sei. O que sei é que a estranheza permanecia com outros telefonemas e aquela falta de vontade para resolver o problema (que se repetia, e se repetia, e se repetia) da falta de contato, olha minha senhora, eu quero ir receber meu prêmio, mas preciso de mais informações, não tem como me ajudar? Não teve. Nova busca na internet e outra idéia. Por que não ligar diretamente na Academia Brasileira de Letras, local do evento? Um vão; de nada sabiam. Nada de telefones para contatos, veja bem minha senhora, eu quero ir receber meu prêmio, mas preciso de mais informações, não tem como me ajudar? Não teve. Na última idéia, algum resultado. Achar na lista o telefone da residência de alguém, daquele único nome que despontava no edital do concurso, o secretário da instituição, que foi muito simpático em receber meu alô fora de hora (será que você pode me ajudar?) em sua residência em Copacabana. Ajudou, na medida do que lhe era possível, confirmando o evento, a hora e a razão. E tem ajuda de custo? Veja bem, a literatura, você sabe como é... Sei, sei. Mas, e depois? E aquele cartaz estampado da Petrobrás? Onde será que eu perdi o bonde? Só me restou mesmo pegar aquele de Santa Tereza, aquele no Pão de Açúcar.

A cerimônia foi digna. Pessoas bem vestidas, solenes. Hino francês, hino brasileiro. Algumas palavras na oficialidade, um ou outro protocolo e, na vez de cada um subir e buscar seu certificado no estilo colação de grau, os aplausos dos familiares e amigos mais chegados que estavam na platéia, um ou outro cônjuge coruja, alguns membros da instituição, música nos intervalos para eliminar o cansaço. Minha vez, protocolo à risca, também na estica, pose para as fotografias.


É fato haver uma alegria contida. Uma felicidade, um reconhecimento. Para alguém que, em menos de dois anos, resolveu ser escritora e cronista; para alguém que montou apenas um único livro na vida, receber tal honraria por certo que é um motivo de muito orgulho. E tem a coisa da competição, não se pode negar, sempre há o gostinho daquele ouro, prata e bronze dos primeiro, segundo e terceiro lugares, aquela fila que chega depois, sabe-se lá com que critério ou julgamento, na exatidão da arte ou na inexistência dela. A tristeza fica por conta da mensagem subliminar do pouco caso que ainda se faz, não com a literatura, com as pessoas e seus valores. É que tem um povo tão grande, em quantidade, em espírito, em várias outras formas, espalhados por aí, que na falha, no furo, na falta, no “foda-se” (e como eu odeio essa concepção de “liga o foda-se e seja feliz” colocando todo o outro, que é a sociedade, na qualidade de menor, como se ela não fosse importante, como se não houvesse mais necessidade de respeito, como se tudo fosse uma coisa darwinista de que os mais fortes sobrevivem, e então os alunos não respeitam mais os professores – de quem é a responsabilidade desse país de iletrados? – e por aí vai, nesse egoísmo de vida tosco coroado com aquela ilusão “eu nasci sozinho”, mesmo com todo mundo ciente de que nenhum ser humano sobrevive ou se reconhece sem o outro depois do parto); no foda-se tudo parece um círculo vicioso daquele tipo eu finjo quê..., eles fingem também. Daí que a roda na mesmice continua e, no sistema, nada de novo.

A parte interessante ficou mesmo com as diferenças. Há literatura de todas as formas, e a acadêmica faz cerimônia, festa a rigor, terno, gravata, vestido longo e sapatos altos num lugar onde a idade revela a experiência, o respeito e a tradição, templo sagrado no qual as formalidades permanecem.

Os vencedores: Lúcia Freitas de Andradre, Jorge Luiz Lima de Souza, Ademir Moreno Aguilar, Avelina Maria Noronha de Almeida, Flávia Savary, Ângela Togeiro, Érika da Silveira Batista, Helton Reginaldo Cenci, Sérgio José Meurer, Celso Antônio Lopes da Silva, Anibal Albuquerque, Hélio Rubens Batista Ribeiro Costa, Pedro Pazelli, Márcia Regina de Araújo Duarte, Fernanda de Aragão e Ramirez, Alda Estellita Lins, Marcos Vinicius Quiroga, Amélia Alves, Marilda Oliveira, Getúlio Cardoso, Augusto Sérgio, Ana Helena Ribeiro, Olívia Barradas, Norma Guilhon, Emanuel de Moraes, Gabriel Nascente Beatriz R. Dutra, José Carlos Ribeiro, Marco Aurélio Baggio, Ítalo Suassuna, Emil de Castro, Diogo Mendes Souza, Patrícia Engel Secco, Edu Engel, Jorge Ariel Madrazo. 

terça-feira

O tamanho da sua literatura - começar do zero

Quando eu resolvi que seria escritora, imaginava o tamanho do investimento, de tempo e dinheiro. Comparei com o que eu vivo na Educação Física. Os anos que levei para me formar, o mestrado, o doutorado, e o gasto com isso tudo. Nunca achei que, na literatura, fosse diferente. Que era eu escrever meia dúzia de coisinhas que, então, os louros todos viriam. Seis anos desde que tomei a decisão de ser escritora, e ainda não cheguei a publicar meia dúzia de coisinhas. Um fato previsível, pelo estilo de vida que levo, açucarado pelo intento: começar do zero.

Muita gente chega aqui no blog com dúvidas, querendo a receita de como virar um escritor lido e publicado, sem qualquer tipo de gasto. Receita que não tenho. Tenho umas outras, de investimentos, que aprendi no curso da BOVESPA, e algo de empreendorismo arrematado sobre as vistas do SEBRAE.

E na onda dessa auto-ajuda literária, só posso dizer que você é do tamanho do seu investimento, sua literatura também.

Eu, com uma profissão paralela muito distante da literatura, tenho mesmo que correr por fora. Talvez quem esteja numa área correlata gaste menos tempo, ou corra mais devagar pela raia de dentro: e como os contatos facilitam nessa etapa! Eu, que não os tenho, invisto em começar a tê-los. Aí está o tempo gasto com eventos, palestras, lançamentos, facebook, msn, skype e todas as possibilidades de estar mais perto do maior número possível de pessoas da área (realmente a corrida é mais tranquila para os que já estão correlatos, os jornalistas, os estudantes e profissionais das letras, os comunicadores, etc, etc, etc).

Isso é

quinta-feira

O portfolio literario

Você é um escritor ou um artista? Então, por que não ter um portfófio digital e/ou um e-portfólio? É fácil de fazer, sem custos de impressão e, em muitos casos, pode ser enviado por email. Já existem muitos editores de livros, curadores e galerias de arte aceitando versões digitais e/ou on-line do seu conjunto de ideias, textos, livros, fanzines, HQ´s, fotos, eventos, saraus, projetos aprovados, projetos em andamento, projetos para divulgação; seu buque de trabalhos artísticos e literários. Só que, em vez dos modelos mais tradicionais, impressos, espiralados, um novo modelo para ser configurado e baixado de seu site, de seu blog, de seu sítio virtual ou para ser enviado por email. Os benefícios são muitos!

Há muitas maneiras de criar um portfólio digital e muitos programas de software que você pode usar. Mas antes, vamos cuidar um pouco da segurança do seu computador (e dos seus dados), que é seu espaço de trabalho.

Para segurança do computador é sempre bom ter:
  • um antivírus (o Avira AntiVir Personal Edition Classic é uma boa alternatia e é gratuito);
  • um anti-spyware e um anti-malware (o Spyware Terminator protege seu computador contra arquivos maliciosos provenientes da navegação pela internet, tais como spywares, adwares, trojans, malwares, parasitewares e hijackers dentre outros, uma outra alternativa é o Ad-aware);
  • um removedor de arquivos desnecessários (o Ccleaner é um bom limpador de porcarias e com ele é possível apagar arquivos desnecessários ao PC, ganhar maior privacidade e melhorar o desempenho da máquina).
  • um recuperador de arquivos perdidos (o Recuva, cujas limitações aparecem quando o arquivo a ser recuperado já tiver seu espaço anterior em HD já reescrito com novas atividades, o que impossibilita sua recuperação total ou parcial, mas em último caso...)
Depois dos cuidados básicos de proteção do seu computador, é a parte de organizar e instalar os seus programas essenciais. Você vai precisar de:
  • um leitor de formatos. O pacote da Adobe é essencial à qualquer máquina. São eles: Reader, Flash Player, Air, Shocwave Player. 
  • um editor de texto e slides. O mais tradicional é o pacote Microsoft Office, mas é possível instalar o OpenOffice ou o BrOffice, de licença aberta e que não fica muito a desejar em relação ao anterior.
  • um conversor para pdf. Eu uso o doPDF que é leve, simples e não requer muita habilidade. Ter um convertor de pdf é essencial e você pode ficar seguro de que a pessoa para qual você enviar o seu portfólio digital será capaz de visualizá-lo sem alterações no formato. Falo em nome dos documentos que estarão anexados aos emais ou disponíveis para download no seu site. Também é muito importante salvar um arquivo de texto em pdf, principalmente em se tratando de diagramação, estilo, fonte, imagens, espaçamento, etc.
  • um compactador de arquivos. Existem vários, do WinRAR, WinZip e o que eu prefiro, o 7-zip.
  • um editor de imagens, programação e diagramação. Aqui falamos de coisas mais profissionais. O mercado utiliza o pacote Adobe CS5 (Photoshop, Indesign, Illustrator, Dreamweaver e Flash), mas há alternativos no mercado, e gratuitos (alguns open source), como o PhotoScape (em substituição ao Photoshop, em português), o Scribus (em substituição ao Indesing, em português), o Inkscape (em substituição ao Illustrator, em português), o Project ROME (da Adobe e para desenvolvimento de sites e blogs, bem como o Movable type e o Codelobster PHP) e para a linguagem em flash use o Flash Slide Show Maker (ára criar apresentações profissionais, em inglês) BannerZest (pra criar banner animados), AnyChart (para criar gráficos animados) ou a opção on-line Sprout-Builder (em inglês). Além disso é possíve recorrer para outros...
RECURSOS WEB de criação e manutenção de sites e blogs, principalmente para quem não entende de programação como eu, pode ser uma boa solução de incremento:
  • Para criação de páginas e sites, use o Webnode (simples, prático, eficaz e em português), o SnapPages (bastante intuitivo), ou o Freewebs (para blogueiros de plantão).
  • Para criação de um fórum de discussão, use o Lefora.
  • Para dúvidas sobre a cor que combina com qual, use o Color Scheme Desinger
  • Para diversos efeitos em fotos, use o Funny Photo Effect e/ou o Picnik
  • Para criar um cartoon de seu rosto e construir seu avatar, uma opção é o MyWebFace.
  • Para fazer uma nuvem de palavras, como se fossem tags de qualquer texto use o Wordle e divirta-se.
  • Para criar uma playlist de músicas e arquivos de som, use MyFlashFetish ou GoEar.
  • Para converter arquivos de um formato para outro, use o OnLine-Convert.
  • Para criar um pano de fundo que é a sua cara, use o BgPatterns.
  • Para criar o logo da sua página, ateliê ou empresa, brinque com o Logo Factor Web, o Logo Ease ou o gerador de gráfico CoolText.
  • Para fazer um selo, use o Says-it.
  • Para criar um QuizQuizInator.
  • Para inserir mensagens relacionadas nos seus posts, use o LinkWithin.
  • Para caixa de mensagens use o Shoutmix
  • Para mais comunicabilidade no seu site, use a barra de ferramentas wibiya.
OUTROS PROGRAMAS que podem ser de interesse:
  • Para fazer um logo exclusivo para seu portifólio, use o Logo Maker, em inglês.
  • Para criar menus drop-down, use o Drop Down Menu Builder.
  • Para criação de site de comunidades, use o Open ACS
  • Para editar topos para seu site ou blog, use o XHeader, com mais de mil modelos prontos.
  • Para editar vídeos, use o VideoSpin, em português.
  • Para editar arquivos de audio, com vários efeitos, use o EXPStudio Audio, em inglês.
  • Para editar imagens, use o Image Analyser.
  • Para um cliente/servidor de FTP gratuíto, use o Filezilla, em português.
  • Para traduzir o inglês e ver o dicionário, use o Lingoes, em português.
  • Para editar texto com suporte a várias linguagens de programação, use o Notepad++ (substitui os recursos do dreamweaver), em português.
  • Para saber a medida exata do que está na tela, use a régua Window Ruler, em inglês.
  • Para emular drives de arquivos em formato ISO, use Virtual CloneDriver, em inglês.
  • Para criar animações com boneco palito, use o Pivot Stickfigure Animator, em inglês.

COMO PENSAR UM PORTFÓLIO LITERÁRIO E/OU ARTÍSTICO?

Depois de você estar munido com esses mais diversos recursos, que tal finalmente definir o portfólio? Os passos estão a seguir:
  1. Definir os objetivos do portfólio e o contexto: identificar a finalidade e público para o portfólio (qual é a audiência?), as normas, regras, partes, estilos que serão utilizados como estrutura de organização para o portfólio (quais são os padrões possíveis de criação?), os equipamentos e softwares disponíveis, o nível de portfólio adequado para iniciar seu desenvolvimento on-line ou digital (quais são os recursos disponíveis?);
  2. Definir o conteúdo do portfólio (construir uma coleção de itens que reresentem seus esforços e realizações ao longo de suas experiências): identificar os artefatos, objetos artigos, dispositivos (exemplos do seu trabalho, especificamente que em formato eletrônico), ou experiências que você precisa demonstrar. Você pode ter conteúdos que demonstram mais de um indicador, e isso é ótimo. Coletar e armazenar os artefatos em pastas apropriadas no seu disco ou servidor. Insira personalidade no design do seu portifólio com alguns dos recursos gráficos de softwares que sejam capazes de adicionar estilo e elegância. Use multimeios. Use um scanner (ou câmera) para digitalizar as imagens. Use um microfone e um programa de digitalização de som para digitalizar artefatos de áudio. Use uma câmera de vídeo, digitalização de hardware e software para digitalizar artefatos de vídeo. 
  3. O portfólio reflexivo: Defina os balanços gerais reflexivos sobre cada objetivo e selecione aqueles artefatos que representam o cumprimento das normas ou metas estabelecidas. Escreva instruções explicativas para cada artefato, elaborando a razão pela qual foi selecionado e seu significado e valor no portfólio. A partir das reflexões e comentários, defina metas para o futuro. O portfólio se torna uma ferramenta de planejamento ao longo do tempo quando tomamos essas reflexões e definimos novas metas, a partir da análise e identificação de falhas e/ou ausências de conteúdos relacionados aos objtivos estabelecidos. Para cada indicador, escreva uma declaração sobre o que você ainda precisa aprender nesta área em específico, definindo algumas metas razoáveis para si mesmo.
  4. O portfólio on-line e/ou digital. Organize os elementos selecionados em formatos digitais, que permitam ligações de hiperlink/hipertexto. Selecione os software de criação disponíveis no seu computador e estabeleça vínculos entre os artefatos e o recurso disponível para inserí-lo ao portfólio. Escolha a plataforma de disposição na web (se blog, site, download, link, etc) e, boa sorte! É só elaborar um material de fácil uso e navegação e divulgar por ai. Se você quiser, volte aqui pra divulgar seu trabalho falando sobre sua experiência nos comentários desse post. 
Simbora lá?

Das menções honrosas

Sobre prêmios e literatura existem muitos pensamentos que são contra e muitos que são a favor. E muita discussão também. Na linha dos argumentos das boas defesas, aquela politicamente correta: certo seria que os prêmios visassem os escritores novatos, como forma de revelação e apoio. Eu, novata, apoio, concordo, endosso, assino embaixo. Talvez quando eu for mais experiente, macaca velha, com os quadrigêmeos a tiracolo, talvez quando isso acontecer eu mude de lado e queira garfar a outra fatia, aquela dos prêmios de boa grana: os 30mil do Jabuti, os 50mil do Prêmio Cruz e Sousa e os 100mil do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Mas como sempre resta uma esperança, os 200mil do Prêmio São Paulo de Literatura vão, nessa mesma quantia, tanto para autores de longa estrada quanto para aqueles que são estreantes. Daí por diante é só pensar no conjunto a obra, atingir um nível Prêmio Nobel e embolsar a grana da aposentadoria lá pelos 70 anos.

Tem prêmio literário que é um engodo (e estou diferenciando prêmio de concurso, se é que, em literatura, exista tal diferença). Serve mesmo para encher os bolsos dos organizadores com a taxa de inscrição e a recompensa é a edição de um livro-coletânea com cerca de 250 exemplares a serem distribuídos pelos próprios autores-vencedores. E olha que a comissão organizadora ainda exige a doação dos direitos autorais. E tem prêmio que, mais acima desta constelação para enriquecimento com dinheiro alheio, pode ser uma boa estratégia de divulgação, pode representar o ingresso do autor estreante na mídia e coisa e tal. E para estes, aquilo que é de consolo, a Menção Honrosa. Um bom exemplo é o Prêmio SESC de Literatura, muito desejado pelos autores estreantes, já que é destinado apenas a eles. A premiação, em duas categorias – conto e romance – é a publicação de 4 mil exemplares do livro e um contrato com a Editora Record (10% preço de capa). A outra grande graça é o autor participar, Brasil adentro, dos eventos de literatura promovidos pelo SESC.

Estou de olho nesse prêmio. Tanto que, ao ver a lista e os comentários dos vencedores de 2008 (resultado divulgado em março de 2009), algumas coisas me chamaram a atenção. Principalmente as Menções Honrosas. Do total de 457 inscrições, 20 romances e 51 livros de conto chegaram à fase final, resultando em 1 vencedor por categoria. Até ai, nada de novo. No entanto, com 31 livros a menos, a categoria romance embolsou mais três menções honrosas, nenhuma foi destinada aos livros de contos, maioria das inscrições. O fato é que deve haver um motivo que eu, longe, não posso afirmar, apenas especular.

Um amigo meu, poeta português e vencedor do Prêmio Júlio Brandão (cujo qual eu nunca ouvi falar, mas que altera o status literário do gajo), foi categórico: é mais fácil escrever um romance do que um conto. Na ocasião eu não entendi, não saquei, não peguei. Ele dizia que era por conta do conflito e da estrutura dos textos e coisa e tal. E mesmo ele me dando argumentos consistentes para a defesa de sua teoria, eu, pela obviedade do menor número de páginas, continuei acreditando que seria infinitivamente mais fácil escrever um bom conto do que um bom romance (eliminando-se o talento natural de cada um). Pensava assim até a divulgação do resultado destas menções honrosas, agora já não sei.

Sei que deve haver uma razão mais plausível para que as honras aos livros de contos deixassem de serem dadas. Ao pé da letra, Menção Honrosa é uma distinção conferida a uma obra não premiada, porém merecedora de citação. Um prêmio (de consolação?) dado por um ato que, embora não tendo sido distinto em primeiro lugar, merece ser citado. Aí que está o cerne da questão: nenhum outro livro de contos mereceu tal citação? Não houve, de fato, honradez? Mérito? E se não teve nada disso, até que ponto o livro vencedor é, de fato, uma porta de entrada à literatura? E de qual literatura estamos falando?

São questões interessantes. Será que meu amigo poeta não está com a razão? Que não é tão simples assim escrever um conto e que, então, esse bando de novos autores recorreu ao mesmo erro que o meu, de acreditar que a quantidade de páginas breves facilitaria o ato de ser um bom contista? A sentença “sem honra, sem qualidade literária” me escancara dúvidas. Será que não venceu o menos pior? Por outro lado, os prêmios, os concursos, os campeonatos, os jogos não são assim? Naquela leva, naquele ano, naquela vez vence, de fato, o melhor plantel. Coisa de momento.

E olhando pelo borne exato da coisa, de qualquer forma, ser o melhor entre os piores – com ou sem menção honrosa – resulta em oportunidade, não se pode negar. Então que ela seja bem aproveitada, pois, como dizem, a ocasião faz o ladrão.

Entre os fanzines e a literatura

Oi, faz tempo que eu não... saudades. Queria dizer que, ontem, ao comemorarmos o dia internacional do fanzine, na I Fanzinada, evento que idealizamos no ABC, no espaço Gambalaia, aconteceram alguns fatos curiosos. Quero dizer de dois:

* O primeiro, logo de cara, resume-se pela foto ao lado, e pela frase: "para ler fanzines, qualquer idade". É que uma senhorinha percebeu o movimento, entrou no espaço, e começou a folhear todos os zines que estavam por lá. Aquele peixe fora d´água logo dentro ficou. Adorei.


* Depois, os fanzineiros do século passado, documentário de Márcio Sno, que você pode ver logo abaixo. Eu me senti do século passado, de quando trocávamos as cartas, você se lembra? Que reaproveitávamos os selos? Pasta de dentes para limpar, vapor para descolá-lo do envelope? Os truques para enviarmos mais papéis do que se podia nas cartas sociais? Veja o documentário, você vai gostar de voltar no tempo, tão recente, mas já do século passado.

Fanzineiros do Século Passado - Capítulo 1 from Márcio Sno on Vimeo.

Aguardo sua resposta com as notícias daí.
Um grande beijo da sua amiga de sempre!

sobre os ebooks e suas vendas


20 lugares para vender seu e-book

  •  
Escrito no dia 28/11/2012
Embora tenham bons sites para se baixar e-books grátis, temos que levar em conta que a rede não é exclusiva para o conteúdo gratuito e também há boas opções pagas, e esses espaços são vitrines virtuais que se soubermos utilizar, e oferecer um bom conteúdo, eles podem se converter numa rentável ideia de negócio de baixo custo (começando pela simples distribuição e altas comissões recebidas). Graças a Hongkiat hoje mostraremos aqui 20 desses sites:
1. Lulu
http://wwwhatsnew.com/wp-content/uploads/2012/11/lulu-vender-ebooks.jpg
Um dos mais populares por seu amplo público, as facilidades de publicação que incluem até um simples assistente de edição (para criar até a capa) e a parceria que dispõe para compartilhar em outros espaços como a iBookstore e os dispositivos de Barnes & Noble.
Registro: Gratuito | Lucros por venda: 90%
2. Payhip
Pode baixar seu livro e compartilhar com facilidade, via redes sociais, um link a uma página especial de download e com facilidade, via redes sociais, um link a uma página especial de download. Inclui pagamentos via PayPal.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 100%
3. Amazon Kindle Direct Publishing
A Kindle Store, o brilhante eco-sistema de e-books que se complementa com a gama de dispositivos de leitura de Amazon que empresas como Google e Apple quiseram ter, é uma das melhores opções na hora de publicar conteúdo com um público objetivo amplo.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 35% – 70%
4. Smashwords
Publicação em múltiplas lojas, ISBN, conversão de e-books a múltiplos formatos para serem lidos desde mais dispositivos e guias e sugestões de publicação e mercado.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 60% – 85%
5. MyeBook
MyeBook é conhecido por seu aplicativo de leitura em Flash e sua ferramenta de edição gráfica, e qualquer um pode fazer uso delas para compartilhar seus livros ou outros textos digitais desde um colorido espaço personalizado (que inclui pagamentos por PayPal).
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 90%
6. PubIt!
Um produto de Barnes & Noble para publicar conteúdo e comercializá-lo especialmente em formato NOOK ou em qualquer um dos demais formatos populares de publicação.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 40% – 65%
7. Booktango
Um dos melhores pois apesar de permitir criar um desenho de capa para logo comercializá-lo nos sites de Barnes & Noble, iBookstore, Kobo, Sony, Amazon, Google y Scribd sem maior inconveniente, não cobra comissões e integra pagamentos com PayPal.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 100%
8. BookBaby
Para se preocupar só em escrever o livro que em BookBaby, com um sistema de publicação baseado em pacotes de pagamentos, se encarregam dos detalhes (desde a parte gráfica até poder compartilhar em sites como em iBookstore, Amazon, Barnes & Noble, Sony Reader Store e Kobo, entre outros.
Registro: US$ 99 – US$ 249 | Lucro por venda: 100%
http://wwwhatsnew.com/wp-content/uploads/2012/11/kobo.jpg
Tão simples como subir um arquivo de Word e esperar que seja editado e convertido em um ebook de luxo que logo estará disponível para milhares de usuários de todo o mundo, em múltiplos formatos de leitura tanto para PC como para dispositivos móveis.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 70% – 80%
10. Blurb
Bastante chamativo por seu sistema de criação de ebooks que inclui modelos, galerias de imagens de Facebook a Instagram disponíveis a uns cliques, edições especiais para o formato iPad e conversões digitais desde arquivos em PDF. Se publicam em Blurb e iBookstore.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 80%
11. E-Junkie
Para trabalhar com livros digitais exclusivamente em PDF pois o formato se facilita para as ferramentas de proteção (marcas d’água, cópias, assinaturas, etc.). Admite pagamentos por PayPal.
Registro: US$ 5 por mês | Lucro por venda: 100%
12. Scribd
Muitos têm utilizado Scribd para conseguir apresentações e revisar artigos ou livros especializados, ao que deve sua grande popularidade. Pois bem, em Scribd também se pode compartilhar conteúdo de pagamento -embora no momento está limitado a poucos países-.
Registro: Grátis | Lucros por venda: 80%
13. PaySpree
Gratuito para um só livro, com páginas de download criptografadas, gestão de afiliados, sob comissões e pagamentos com moedas virtuais.
Registro: Grátis | Lucro por venda: 90% – 100%
14. eBookIt!
Com promoções especiais até para conseguir e distribuir cópias impressas, e conversão e publicação nos principais canais de distribuição online já mencionados (Amazon, Google, Barnes & Noble e os demais).
Registro: Desde US$ 149 | Lucro por venda: 50% – 80%
15. Sellfy
Tão simples como arrastar o arquivoé a interface de Sellfy, selecionar o preço e esperar as compras. Recebe pagamentos via PayPal e permite criar promoções via Social Media (como descontos por compartilhar).
Registro: Gratis | Lucro por venda: 95%
16. ClickBank
Um conhecido em matéria de plataformas de publicidade de produtos digitais por afiliados que conta com milhares de usuários em todo o mundo.
Registro: US$49.95 | Lucro por venda: 50% – 90%
17. PayLoadz
Uma vitrine de boa reputação e com centenas de usuários, com bastante ajuda e informação para os novatos em venda de ebooks.
Registro: US$ 14.95 por mês | Lucro por venda: 95%
18. eBookMall
http://wwwhatsnew.com/wp-content/uploads/2012/11/ebookmall.jpg
Uma excelente loja para publicar livros digitais já prontos para carregar (em PDF ou ePub) e vender. Excetuando seu sistema de categorização lateral, é bastante elegante e rápido.
Registro: Grátis | lucro por venda: 50%
19. Click2Sell
Click2Sell oferece programas de afiliados e para os que se preocupam demais pela segurança de seu conteúdo, oferece várias ferramentas de proteção para evitar a cópia ilegal. Permite receber pagamentos via PayPal.
Registro: Grátis | Lucro por venda: 90% – 95%
20. Instabuck
Com suporte de pagamentos via PayPal, ClickBank e AlertPay, garantindo um processo de venda rápida, um serviço especial de estatísticas (com apps para móveis), páginas especiais de promoção e test A/B para melhorar as estratégias de mercado.
Registro: US$ 4.99 por mês | Lucro por venda: 100%